Que percentagem das pessoas usa óculos? A realidade global da correção da visão

Entre em qualquer café, suba em qualquer vagão de metrô ou observe qualquer sala de aula e você notará algo notável: óculos estão por toda parte. Mas até que ponto eles são comuns? A resposta pode surpreendê-lo — e se você administra um consultório oftalmológico, entender esses números não é apenas uma curiosidade interessante. É uma informação comercial essencial.

Aproximadamente 4 mil milhões de pessoas em todo o mundo usam óculos graduados — isso representa 57% da população global. Para colocar isso em perspetiva, mais pessoas usam óculos do que smartphones. No entanto, apesar dessa prevalência massiva, o acesso à correção adequada da visão continua extremamente desigual entre diferentes regiões e grupos demográficos.

Para os consultórios oftalmológicos na América do Norte, estas estatísticas representam tanto uma oportunidade como uma responsabilidade. Com software de gestão de consultórios como o Glasson, os oftalmologistas podem atender melhor esta população em crescimento por meio de registros eficientes de pacientes, seleção de lentes simplificada e gestão de estoque baseada em dados que garante que os produtos certos estejam sempre disponíveis.

Ilustração de pessoas usando smartphone e tablet, representando a digitalização do setor óptico

Principais insights

  • 75% dos adultos americanos precisam de correção da visão, com 64% usando óculos graduados
  • 76-82% dos canadenses usam algum tipo de correção da visão
  • A miopia (visão curta) triplicou em crianças desde 1990, afetando agora 1 em cada 3 crianças em todo o mundo
  • O Japão lidera o mundo com 73,9% da sua população usando óculos
  • A África Subsaariana tem o menor acesso, com apenas 27-30% de cobertura, apesar da grande necessidade
  • O mercado global de óculos atingiu US$ 47 bilhões somente na América do Norte em 2024
  • 83-89% dos americanos com mais de 45 anos precisam de óculos de leitura devido à presbiopia
  • As lentes de contato representam um segmento muito menor, com taxa de abandono de 47% em dois meses

A realidade norte-americana: Canadá e Estados Unidos lideram o caminho

Vamos começar perto de casa, porque a América do Norte apresenta um dos quadros mais interessantes — e bem documentados — do uso de correção da visão no mundo.

Estados Unidos: uma nação de usuários de óculos

Aqui está algo que você provavelmente já sabia ao olhar ao redor da sua sala de espera: a maioria dos americanos precisa de correção da visão. Mas os números específicos contam uma história mais completa do que uma observação casual jamais poderia.

Três em cada quatro adultos americanos — 75% — precisam de algum tipo de correção da visão. Desses 75%, 64% usam óculos graduados. Isso significa que cerca de 197,6 milhões de adultos americanos dependem de óculos para enxergar claramente.

Pense nisso por um momento. Se alinhasse quatro americanos aleatórios, três precisariam de correção visual e pelo menos dois estariam a usar óculos neste momento. O Instituto Nacional do Olho estima um número total ainda maior: mais de 150 milhões de americanos precisam de lentes corretivas.

Mas é aqui que fica interessante: nem todos que precisam de correção a utilizam da mesma forma. Cerca de 48% dos adultos americanos usam apenas óculos graduados. Outros 12% alternam entre óculos e lentes de contacto, dependendo do dia ou da atividade. Apenas 3% dependem exclusivamente de lentes de contacto. Os restantes 12% que precisam de correção? Ou usam óculos de leitura, não atualizaram a sua receita ou estão entre os cerca de 45 milhões de americanos que usam lentes de contacto pelo menos ocasionalmente.

O género desempenha um papel surpreendente nestes números. As mulheres são ligeiramente mais propensas a usar óculos (49%) em comparação com os homens (46%). Mas a verdadeira diferença aparece na flexibilidade: 14% das mulheres alternam entre óculos e lentes de contacto, enquanto apenas 10% dos homens o fazem. Parece que as mulheres são mais propensas a ver a correção da visão como algo que pode se adaptar a diferentes situações — trabalho versus fim de semana, desporto versus jantar fora.

A idade conta uma história ainda mais dramática. Os baby boomers são a geração dos óculos: 67% usam apenas óculos e a maioria nem sonharia em colocar algo nos olhos todas as manhãs. A geração X fica em 55% apenas com óculos. Mas a geração Y cai para 39% e a geração Z para apenas 37%. Os americanos mais jovens são muito mais propensos a alternar entre óculos e lentes de contacto (13% da geração Z contra 6% dos baby boomers) ou a usar exclusivamente lentes de contacto (4-6% contra 2%).

Por que a maioria dos americanos prefere óculos a lentes de contacto? As razões são surpreendentemente práticas. Quarenta e cinco por cento dizem que os óculos são simplesmente mais fáceis de usar. Trinta e seis por cento destacam a baixa manutenção — sem soluções de limpeza, sem rotinas noturnas, sem pânico quando se percebe que se esqueceu de levar lentes extras para a viagem de fim de semana. Trinta e quatro por cento acham que os óculos são mais seguros, com menos risco de infeções oculares. Vinte e um por cento apontam o custo, observando que um único par de óculos pode durar anos, enquanto as lentes de contacto exigem recompra constante. E 15% relatam que as lentes de contacto simplesmente não são uma opção para as suas necessidades específicas de visão.

Para consultórios oftalmológicos que atendem a essa população diversificada, sistemas eficientes são importantes. Os recursos de gestão de clientes da Glasson ajudam a rastrear essas preferências, garantindo que você saiba exatamente quais pacientes preferem óculos, quais alternam e quando eles precisam de atualizações. Quando alguém entra a perguntar sobre lentes de contacto após anos a usar apenas óculos, terá o histórico completo dessa pessoa ao seu alcance.

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A divisão por idade torna-se ainda mais específica quando se analisa as condições de visão. A miopia (visão curta) afeta 41,6% dos americanos em geral, mas a prevalência varia muito por faixa etária. Entre os 18 e os 34 anos, 62% usam óculos. Esse número salta para 94% entre os 55 e os 64 anos. Pessoas na faixa dos 20 e 30 anos passam o dia a navegar em ecrãs, conduzem à noite e descobrem que a sua visão à distância não é mais a mesma. Quando os americanos chegam aos 60 anos, quase 75% precisam de algum tipo de correção da visão.

Depois, há a presbiopia — a perda da capacidade de foco de perto relacionada à idade que afeta quase todas as pessoas eventualmente. Entre 83% e 89% dos americanos com 45 anos ou mais sofrem de presbiopia, afetando 128 a 139 milhões de pessoas. Quase 90% de todas as pessoas com mais de 45 anos acabarão por precisar de óculos de leitura, mesmo que nunca tenham precisado de correção antes. Alguns adquirem lentes progressivas, outros mantêm óculos de leitura espalhados pela casa e 34,5 milhões de americanos usam óculos de leitura vendidos sem receita médica, que compraram na farmácia por US$ 15.

Canadá: vizinho próximo, padrões diferentes

Atravesse a fronteira para o Canadá e encontrará números gerais semelhantes, mas com algumas diferenças fascinantes na forma como as pessoas abordam a correção da visão.

Entre 76% e 82% dos canadianos utilizam algum tipo de correção da visão — aproximadamente em linha com as taxas dos EUA. Uma pesquisa do Estudo Longitudinal Canadiano sobre o Envelhecimento descobriu que 86% dos canadianos com idades entre 45 e 85 anos usavam óculos ou lentes de contacto.

Mas os canadianos comportam-se de forma diferente quando se trata de cuidados com a visão. Apenas 52% dos canadenses fizeram um exame oftalmológico no último ano, em comparação com 62% nos Estados Unidos. Ainda mais impressionante: 28% dos canadenses relatam que seu último exame oftalmológico foi há mais de dois anos. Parte disso pode estar relacionada ao acesso — 1 em cada 4 canadenses que não usam óculos não faz um exame oftalmológico há mais de 10 anos. Mas eis o enigma: 46% dos canadianos com benefícios oftalmológicos afirmaram que não planeiam usar a sua cobertura em 2022. Quais são os principais obstáculos? Vinte e oito por cento afirmaram não ter problemas de visão (o que é discutível, dado que a presbiopia afeta quase todas as pessoas), 29% citaram o custo, apesar de terem cobertura, e 10% mencionaram a inconveniência.

O ciclo de substituição de óculos no Canadá diz tudo. O canadiano médio mantém os seus óculos por 24 meses — dois anos completos — antes de comprar novos. Os americanos tendem a substituir os óculos a cada 12-18 meses. Por que essa diferença? Em parte cultural, em parte económica, em parte relacionada com as taxas mais baixas de exames oftalmológicos. Se não faz exames oftalmológicos com frequência, é menos provável que descubra que a sua prescrição mudou.

Os canadianos também demonstram uma forte preferência por compras presenciais. Notáveis 87% preferem comprar óculos em lojas físicas em vez de online, e 34% dos que experimentaram encomendas online voltaram às lojas físicas para a sua próxima compra. No que diz respeito aos óculos de leitura, 65% dos canadianos que os utilizam compraram um novo par no último ano — uma taxa muito superior à de substituição de óculos graduados.

A sensibilidade ao preço é elevada no mercado canadiano. Trinta e oito por cento pagaram 99 dólares ou menos pelos seus óculos, lentes ou armações combinados. Para óculos de sol sem receita médica, 55% gastaram menos de 50 dólares. Isto cria oportunidades interessantes para consultórios que podem oferecer qualidade a vários preços.

Talvez o mais preocupante para o mercado canadiano a longo prazo seja a explosão da miopia pediátrica. Aproximadamente 25% das crianças canadianas têm agora miopia — um aumento em relação aos 17,5% registados há apenas seis anos, em 2018. Entre as crianças em idade escolar com idades entre os 11 e os 13 anos, quase 30% têm miopia. A pandemia da COVID-19 acelerou drasticamente esta tendência. O tempo de tela superior a quatro horas por dia aumentou em 2020 e permaneceu elevado. As crianças passaram longos períodos dentro de casa fazendo «trabalho de perto» — livros, computadores, telefones — com redução do tempo ao ar livre, que protege contra o desenvolvimento da miopia.

Para as clínicas oftalmológicas canadenses, o Glasson’s Eye Care Module fornece documentação estruturada para acompanhar as prescrições em rápida mudança desses jovens pacientes, completa com histórico de exames e padrões de progressão que ajudam a identificar quais crianças podem se beneficiar de intervenções de controle da miopia.

O mercado norte-americano: por que estes números são importantes

O mercado norte-americano de óculos não é apenas grande — é enorme e está a crescer. Em 2024, o mercado atingiu US$ 47 bilhões em valor, com projeções para atingir US$ 73,8 bilhões até 2033. Isso representa uma taxa de crescimento de 4,94% ao ano. Alguns analistas projetam um ponto de partida ainda mais alto, de US$ 28,86 bilhões em 2024, com um crescimento anual de 5,12%.

Os óculos dominam esse mercado, gerando 69% de toda a receita da indústria de óculos. Adultos com mais de 40 anos representam 60% da base de consumidores de óculos graduados, mas a faixa etária de 25 a 44 anos lidera as compras, especialmente de armações de grife de alta qualidade.

O que é que isto significa para a sua clínica? Com as ferramentas estatísticas da Glasson, pode acompanhar os padrões da sua clínica em relação a estas tendências mais amplas. Está a captar a sua quota-parte do mercado da Geração Z? Os seus pacientes com presbiopia estão a receber a atenção de que necessitam? As suas escolhas de inventário refletem o facto de que os óculos geram quase 70% da receita?

Europa: onde a riqueza encontra o acesso

A Europa apresenta um estudo fascinante de contrastes. Algumas das taxas mais altas de uso de óculos do mundo concentram-se nos países ricos do norte da Europa, enquanto outras nações desenvolvidas apresentam um uso surpreendentemente menor.

A Bélgica e a Macedónia do Norte empatam na liderança europeia, com 70% da população a usar óculos.

A Suíça segue de perto com 67,7%, depois a Alemanha com 63,5% e a Noruega com 66%. O Reino Unido fica com 59%, a Holanda com 50% e a Itália com 51,8%.

Então as coisas ficam interessantes. A França, apesar de ser uma grande potência económica, apresenta apenas 29,5% de uso de óculos. A Turquia e a Estónia registam apenas 20%. Esses não são países em desenvolvimento com acesso limitado — são economias modernas com sistemas de saúde sofisticados.

O que explica a diferença? Em parte, fatores genéticos, em parte, atitudes culturais em relação à correção da visão e, em parte, variações na forma como os sistemas de saúde lidam com os cuidados oftalmológicos. Alguns países incluem os cuidados oftalmológicos nos serviços nacionais de saúde, outros deixam isso a cargo de seguros privados ou pagamentos particulares. Algumas culturas veem os óculos como uma necessidade médica, outras como acessórios de moda opcionais.

Entre as crianças europeias, os erros refrativos afetam aproximadamente 18% no total, mas a variação é enorme. A Rússia apresenta a maior prevalência de miopia, com 46,17% entre as crianças, seguida pela Grécia, com 37,24%, Espanha, com 19,43%, e Países Baixos, com apenas 7,30%. A taxa média europeia situa-se em torno de 50,7% — ligeiramente inferior à da América do Norte, mas seguindo tendências semelhantes de aumento.

Opinião do especialista

«Quando comparamos os mercados europeus com os da América do Norte, vemos necessidades clínicas semelhantes, mas padrões de prestação de serviços muito diferentes. As clínicas que têm sucesso internacionalmente são aquelas que conseguem adaptar o seu inventário e modelo de serviço às preferências locais, mantendo a excelência clínica. É aí que ter sistemas flexíveis e baseados em dados se torna crucial — é preciso saber exatamente o que o seu mercado quer, não o que funcionou noutro lugar.»

— Adam Smith, Gestor de Produto @ Glasson

Para clínicas que atendem comunidades diversas ou que estão a considerar a expansão, a gestão de inventário da Glasson lida com vários fornecedores, faixas de preço e categorias de produtos, permitindo que adapte o seu stock à demografia real dos seus pacientes, em vez de suposições genéricas.

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Ásia-Pacífico: onde os óculos são quase universais

Se quiser ver o futuro das necessidades globais de correção da visão, olhe para o Leste Asiático. A região apresenta algumas das taxas mais altas de uso de óculos do mundo — e algumas das progressões mais agressivas de miopia.

O Japão lidera globalmente, com 73,9% da sua população a usar óculos. Alguns relatórios estimam as taxas de miopia no Japão em até 85%. Nas principais cidades do Leste Asiático — Cingapura, Hong Kong, Taiwan, partes da China — as taxas de miopia se aproximam ou excedem 90%. Isso não é uma falha na área da saúde; é uma combinação de predisposição genética, sistemas educacionais intensivos que enfatizam o trabalho de perto desde a primeira infância, tempo limitado ao ar livre e ambientes urbanos onde a visão à distância é menos importante do que as tarefas baseadas em telas.

Os números da China contam sua própria história preocupante. Em 2020, 52,7% das crianças chinesas tinham miopia. Entre os estudantes do ensino secundário, 17,6% têm miopia elevada — grave o suficiente para aumentar significativamente os riscos de descolamento da retina e outras complicações mais tarde na vida. As projeções sugerem que a miopia aumentará de 57,2% em 2020 para mais de 81,5% em 2050 entre os adolescentes chineses. As áreas urbanas apresentam uma prevalência mais elevada do que as regiões rurais, sugerindo que os fatores relacionados ao estilo de vida e à educação superam a genética pura.

A Coreia do Sul registou 45,7% de miopia entre jovens de 16 a 18 anos em 2005. A miopia elevada afeta até 16% da população asiática, em comparação com apenas 2% da população americana. Não se trata apenas de precisar de óculos, mas de precisar de óculos fortes desde tenra idade e enfrentar riscos elevados de doenças que ameaçam a visão.

O Sudeste Asiático apresenta taxas igualmente elevadas. A prevalência de astigmatismo atinge 44,8% na região, ficando atrás apenas das Américas, com 45,6%. A miopia no Sudeste Asiático situa-se em 32,9% no total.

A Austrália, apesar de estar geograficamente próxima, apresenta um padrão totalmente diferente: apenas 23% de prevalência de miopia em estudos recentes. A diferença? Mais tempo ao ar livre, pressão menos intensa na educação infantil e fatores genéticos que oferecem alguma proteção.

O mercado de óculos da Ásia-Pacífico gerou US$ 51,75 bilhões em 2024 e detém 30,16% da participação no mercado global — a maior de todas as regiões. Espera-se que o mercado mantenha a sua posição dominante ao longo do período de previsão, impulsionado pelo tamanho da população, pelo aumento das taxas de miopia e pelo crescimento da classe média com rendimento disponível para óculos premium.

Para consultórios em qualquer parte do mundo, a experiência asiática oferece lições sobre intervenção precoce e controlo da miopia. Acompanhar a progressão em pacientes jovens não é mais opcional — é um cuidado clínico essencial. A documentação estruturada dos exames da Glasson ajuda os consultórios a implementar protocolos de monitorização consistentes para crianças em risco.

A desigualdade global: onde o acesso falha

O panorama global do uso de óculos revela uma verdade gritante: não é que algumas populações não precisem de correção — elas simplesmente não têm acesso a ela.

A cobertura global efetiva de erros refrativos (eREC) é de apenas 65,8% — o que significa que apenas cerca de dois terços das pessoas que precisam de óculos realmente os têm. Esta taxa aumentou apenas 6 pontos percentuais desde 2010, apesar dos enormes avanços tecnológicos e da queda nos custos de fabricação. Os dados coletados de mais de 815.000 participantes em 76 países pintam um quadro claro da desigualdade.

Regiões de alta renda, como América do Norte e Europa Ocidental, apresentam taxas de eREC de 85% para homens e 83% para mulheres. Essas regiões estão a caminho de atingir 100% de cobertura até 2030. A Europa Central, a Europa Oriental e a Ásia Central apresentam 80,4% de cobertura para homens e 76,8% para mulheres — bom, mas não excelente.

Depois, os números caem drasticamente. O Paquistão apresenta 40,2% de eREC para homens e 36,6% para mulheres. Vietname: 43,8% para homens, 39,4% para mulheres. Filipinas: 48,9% para homens, 44,5% para mulheres.

A África Subsaariana enfrenta a pior lacuna de acesso do mundo. Apenas 30% dos homens e 27% das mulheres que precisam de correção refrativa a têm. Isso não se deve ao facto de os problemas de visão serem raros — os erros refrativos são universais em todas as populações. É porque os óculos não estão disponíveis ou são inacessíveis. Mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a óculos de leitura, apesar de precisarem deles.

A Organização Mundial da Saúde estabeleceu uma meta: um aumento de 40 pontos percentuais na eREC até 2030. Trajetória atual? Não chegaremos nem perto sem uma intervenção urgente. Mulheres e idosos são desproporcionalmente afetados pela falta de acesso, especialmente em regiões de baixa renda.

A Índia apresenta 29% de uso de óculos em geral. África do Sul: 14,6%. A Turquia e a Estónia, apesar de serem nações de rendimento médio, apresentam apenas 20%. A América Latina e as Caraíbas apresentam uma cobertura moderada, mas desigual.

Aqui está algo notável sobre o acesso: os óculos de leitura básicos custam apenas 1,50 dólares para serem fabricados. Quando o acesso adequado está disponível, estudos mostram que os óculos de leitura podem aumentar a renda em até 33%. Não é um erro de digitação. Dê a alguém na faixa dos 50 ou 60 anos a capacidade de ver de perto novamente e essa pessoa poderá continuar a trabalhar, ler e funcionar de forma independente. O retorno económico desse investimento mínimo é extraordinário, mas 800 milhões de pessoas ainda não têm acesso.

Para consultórios em regiões de alto acesso, este contexto é importante. Cada paciente que você atende tem algo que muitas pessoas no mundo não têm: a capacidade de entrar num consultório oftalmológico, fazer um exame e sair com óculos adequadamente ajustados. A gestão eficiente do consultório não se resume apenas aos seus resultados financeiros — trata-se de aproveitar ao máximo o acesso privilegiado. A plataforma abrangente da Glasson ajuda os consultórios a maximizar a eficiência das consultas, reduzindo o tempo de espera e atendendo mais pacientes sem sacrificar a qualidade.

Infográfico com estatísticas globais sobre o uso de óculos em 2025, incluindo Estados Unidos, Japão e Ásia-Pacífico

A crise infantil: a miopia como uma epidemia global

Se está a atender mais crianças no seu consultório do que antes, não é imaginação sua. A miopia pediátrica explodiu globalmente e a tendência não mostra sinais de desaceleração.

Quase 1 em cada 3 crianças em todo o mundo é míope. A prevalência da miopia aumentou de 24% em 1990 para 36% em 2023. As projeções sugerem que chegará a 40% em 2050. Isso significa que 740 milhões de crianças e adolescentes terão miopia nas próximas décadas — um aumento em relação aos 35% atuais.

Reflita sobre isso. Em uma geração, a prevalência da miopia aumentou 50%. Não se trata de uma mudança genética — a genética humana não muda tão rapidamente. Trata-se de um fator ambiental e comportamental.

A divisão por faixa etária revela quando a miopia geralmente se desenvolve. Entre crianças de 4 a 9 anos, a prevalência da miopia é de 6,17%. Entre 10 e 13 anos: ainda relativamente baixa, com 7,04% para a hipermetropia, mas aumentando para a miopia. A partir dos 14 anos: a miopia atinge 16,66% e continua a aumentar durante a adolescência e o início da idade adulta.

A Ásia lidera com aproximadamente 35% de prevalência de miopia entre crianças — a mais alta do mundo. A América Latina e o Caribe apresentam quase 4% — a menor. O Japão está entre os países com as taxas mais altas. O Paraguai apresenta a menor prevalência relatada. A variação é enorme, sugerindo que fatores de risco modificáveis desempenham um papel importante.

As meninas desenvolvem miopia com mais frequência do que os meninos, e pesquisas mostram que elas passam menos tempo ao ar livre, em média. O tempo ao ar livre parece proteger contra o desenvolvimento da miopia, possivelmente devido à exposição à luz natural brilhante ou ao foco dos olhos em objetos distantes, em vez de telas e livros próximos.

A pandemia da COVID-19 acelerou drasticamente esta crise. Os confinamentos significaram mais tempo em frente ao ecrã e menos tempo ao ar livre. O aumento da miopia foi observado globalmente a partir de 2020, com aumentos mais acentuados do que as tendências históricas previam. O tempo em frente ao ecrã superior a quatro horas por dia aumentou e permaneceu elevado mesmo após o fim dos confinamentos. Os períodos prolongados dentro de casa significaram mais «trabalho de perto» — o foco em objetos próximos que parece impulsionar a progressão da miopia.

Especificamente no Canadá, aproximadamente 25% das crianças têm agora miopia, contra 17,5% há apenas seis anos. Isso representa um aumento de 43% na miopia infantil em menos de uma década.

Entre as crianças em idade escolar canadenses de 11 a 13 anos, quase 30% têm miopia. Esta é a idade crítica em que a progressão se acelera. Uma criança que desenvolve miopia aos 8 anos provavelmente precisará de várias mudanças na prescrição antes que os seus olhos se estabilizem no final da adolescência ou início dos 20 anos. Cada ano de início mais precoce significa mais progressão total e prescrições finais mais fortes.

Para os consultórios oftalmológicos, isso representa tanto um desafio clínico quanto uma oportunidade de negócio. Essas crianças precisam de:

  • Exames anuais ou mais frequentes para acompanhar a progressão
  • Possíveis intervenções para controle da miopia (ortoqueratologia, colírios de atropina, lentes multifocais especializadas)
  • Educação dos pais sobre o tempo ao ar livre e limites de tempo de tela
  • Vários pares de óculos à medida que as prescrições mudam
  • Frequentemente, lentes de contacto de reserva para esportes ou situações sociais à medida que chegam à adolescência

As ferramentas de comunicação com pacientes da Glasson ajudam os consultórios a manterem-se em contacto com as famílias de crianças míopes, enviando lembretes automáticos para exames anuais e compartilhando conteúdo educativo sobre o controle da miopia entre as consultas.

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Presbiopia: a mudança universal na visão de que ninguém fala

Embora a miopia domine as manchetes e a atenção da investigação, há outra forma de deficiência visual que afeta quase todas as pessoas eventualmente: a presbiopia.

Aproximadamente 1,8 mil milhões de pessoas em todo o mundo têm presbiopia — cerca de 25% da população global. Até 2030, as projeções sugerem que 2,1 mil milhões serão afetados. Ao contrário da miopia, que varia drasticamente por região e genética, a presbiopia é notavelmente democrática. Quase todas as pessoas que vivem o suficiente irão experimentá-la.

Nos Estados Unidos, entre 83% e 89% dos americanos com 45 anos ou mais têm presbiopia. Isso significa que 128 a 139 milhões de americanos estão atualmente a experimentar perda da capacidade de foco de perto relacionada à idade. Quase 90% de todas as pessoas com mais de 45 anos são afetadas. Na América do Norte como um todo, quase 80% dos adultos com idades entre 45 e 55 anos têm presbiopia.

A progressão segue um cronograma previsível. A maioria das pessoas nota os primeiros sintomas entre o início e meados dos 40 anos. Começam a segurar o material de leitura mais longe, precisam de melhor iluminação ou sentem fadiga ocular durante trabalhos que exigem foco próximo. Inicialmente, óculos de leitura com +1,00 dioptria, vendidos em farmácias, costumam ser suficientes.

Entre 45 e 49 anos, a maioria precisa de +1,25 a +1,50 dioptria. Entre 50 e 57 anos: normalmente +1,75 a +2,00 dioptrias. A partir dos 58 anos: geralmente +2,25 ou mais. A maioria das pessoas precisa de atualizações da receita a cada 2-3 anos entre os 40 e 50 anos, à medida que a sua capacidade de foco de perto continua a diminuir. Aos 60 anos, a visão geralmente estabiliza — perdeu essencialmente toda a capacidade natural de foco de perto, portanto, a deterioração adicional é mínima.

Trinta e quatro milhões e meio de americanos usam óculos de leitura vendidos sem receita, comprados em farmácias, lojas de 1,99 ou online. Estes custam entre alguns dólares e talvez US$ 20. Funcionam bem para pessoas sem outros problemas de visão que precisam apenas de um pouco de ampliação para trabalhos de perto. Mas não substituem os cuidados oftalmológicos completos.

Mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a óculos de leitura, apesar de precisarem deles. Lembra-se do custo de fabrico de US$ 1,50 e do aumento potencial de 33% na receita? A presbiopia atinge as pessoas em seus anos mais produtivos — 40, 50 e 60 anos. Negar a alguém a capacidade de ver documentos, telas ou trabalhos detalhados significa forçá-lo a abandonar empregos que, de outra forma, poderia desempenhar bem.

Para os consultórios oftalmológicos, os pacientes com presbiopia representam uma receita estável e recorrente. Eles precisam de atualizações a cada poucos anos, muitos preferem vários pares (um para trabalhar no computador, outro para ler e talvez um terceiro com lentes progressivas para uso geral) e, normalmente, estão em fases da vida em que têm renda disponível e seguro de saúde.

O sistema de inventário da Glasson ajuda as clínicas a manter um stock adequado de óculos de leitura com várias potências, lentes progressivas em vários designs e lentes ocupacionais para distâncias de trabalho específicas, garantindo que tem sempre o que os pacientes com presbiopia precisam.

Analisando os erros refrativos: para que as pessoas realmente precisam de óculos

Quando falamos sobre o uso de óculos, estamos realmente a falar sobre erros refrativos — condições em que o olho não focaliza a luz corretamente na retina. Compreender as condições específicas ajuda a explicar tanto as estatísticas globais quanto o que você vê em seu próprio consultório.

Globalmente entre adultos:

  • Miopia (visão curta): prevalência de 26,5%
  • Hipermetropia (visão longa): prevalência de 30,9%
  • Astigmatismo: prevalência de 40,4%

Sim, esses números somam mais de 100% — muitas pessoas têm várias condições. Alguém pode ser míope e ter astigmatismo, necessitando de óculos que corrijam ambos os problemas.

Entre as crianças globalmente:

  • A miopia é mais elevada no Sudeste Asiático (32,9%) e mais baixa nas Américas (16,2%)
  • A hipermetropia é mais elevada nas Américas (45,6%) e mais baixa em África (11,4%)
  • O astigmatismo é mais elevado nas Américas e no Sudeste Asiático (45,6% e 44,8%)

Especificamente nos Estados Unidos:

  • Miopia: 41,6% no total, com prevalência de 33,1% em pessoas com mais de 20 anos
  • Miopia grave: prevalência de 6,5%
  • Hipermetropia: prevalência de 3,6%
  • Astigmatismo: prevalência de 36,2%

A distribuição nos diz algo importante: a miopia está a aumentar rapidamente (principalmente em crianças), o astigmatismo é extremamente comum e a hipermetropia tende a ser menos prevalente nas populações modernas.

As tendências históricas mostram uma mudança dramática. Em 1993, a prevalência global da miopia era de apenas 10,4%. Em 2016, ela mais do que triplicou, chegando a 34,2%. A análise de meta-regressão mostra um aumento constante e acelerado ao longo de mais de 20 anos.

As projeções futuras são ainda mais dramáticas. Espera-se que a miopia aumente de 1,4 mil milhões de pessoas em 2020 para 4,8 mil milhões em 2050. Prevê-se que a miopia alta — grave o suficiente para aumentar significativamente os riscos de descolamento da retina, glaucoma e outras condições que ameaçam a visão — atinja uma prevalência de 24% em mais de 120 países até 2050.

Estas não são apenas estatísticas. Representam pessoas que precisarão de óculos, lentes de contacto ou cirurgia refrativa. Representam crianças cujos pais as levarão a consultórios oftalmológicos mais cedo e com mais frequência do que as gerações anteriores. Representam adultos que precisarão de prescrições mais fortes e atualizações mais frequentes.

Para consultórios que lidam com essa complexidade, sistemas eficientes não são opcionais. A plataforma completa da Glasson integra resultados de exames, histórico de prescrições, seleção de lentes, gestão de inventário e comunicação com o paciente — garantindo que nada seja esquecido enquanto você gerencia um número crescente de pacientes com necessidades cada vez mais complexas.

Demografia do mercado e tendências futuras

O negócio da correção da visão está a mudar tão drasticamente quanto o panorama clínico.

Por faixa etária globalmente:

  • Mais de 60 anos: 45% precisam de óculos
  • 45-59 anos: 26% precisam de óculos
  • 18-44 anos: 21% precisam de óculos
  • Menores de 18 anos: 8% precisam de óculos (mas esse número está a aumentar rapidamente)

Entre os usuários de óculos:

  • 61% têm miopia
  • 22% têm hipermetropia
  • Historicamente, as mulheres usam óculos mais do que os homens, embora a diferença esteja diminuindo

O mercado global de cuidados com a visão atingiu US$ 20,3 bilhões em 2021 e deve chegar a US$ 41,3 bilhões em 2031, uma taxa de crescimento anual composta de 7,4%. A indústria de óculos em geral varia de US$ 155 a 201 bilhões globalmente em 2025, com os óculos gerando 69% da receita.

O que está a impulsionar o crescimento?

Primeiro, o aumento do tempo de exposição aos ecrãs e do uso de dispositivos digitais. Não vamos voltar à vida pré-smartphone, pré-laptop e pré-tablet. Se alguma coisa, os ecrãs estão a tornar-se mais omnipresentes. Cada ano de exposição aos ecrãs na primeira infância parece aumentar o risco de miopia.

Segundo, a redução das atividades ao ar livre durante os anos críticos de desenvolvimento. As crianças modernas passam muito menos tempo ao ar livre do que as gerações anteriores. O estilo de vida urbano, as preocupações com a segurança, as atividades estruturadas e o entretenimento em ecrãs contribuem para o domínio do tempo passado dentro de casa.

Em terceiro lugar, o impacto duradouro da COVID-19. A pandemia obrigou milhões de crianças a longos períodos de aprendizagem em ecrãs, com um tempo mínimo ao ar livre. O aumento da miopia durante 2020-2021 foi acentuado e as taxas não voltaram às trajetórias pré-pandémicas.

Em quarto lugar, o envelhecimento da população nos países desenvolvidos. A geração baby boomer está a entrar nos 60 e 70 anos, idade em que são mais comuns a presbiopia, a catarata e outras alterações da visão relacionadas com a idade. Este aumento demográfico significa uma procura elevada e sustentada de correção da visão.

Em quinto lugar, o aumento do nível de vida nos países em desenvolvimento. À medida que a classe média cresce na Ásia, África e América Latina, mais pessoas têm acesso a exames oftalmológicos e óculos. A diferença entre a necessidade e o acesso está a diminuir lentamente.

As inovações tecnológicas estão a transformar o que os óculos podem fazer:

  • Lentes com filtro de luz azul para o cansaço ocular digital (embora as evidências da eficácia continuem contraditórias)
  • Lentes de alta definição que reduzem as aberrações
  • Lentes progressivas e multifocais com zonas claras mais amplas e adaptação mais fácil
  • Óculos inteligentes que integram ecrãs, câmaras ou informações heads-up
  • Revestimentos avançados para resistência a riscos, antirreflexo, proteção UV e limpeza mais fácil

No entanto, os desafios de acessibilidade persistem. As grandes disparidades entre países de alta e baixa renda mostram poucos sinais de melhora rápida. Mulheres e idosos em regiões em desenvolvimento enfrentam as piores lacunas de acesso. A escassez crítica na África Subsaariana não será resolvida sem intervenção e investimento focados.

Para as clínicas oftalmológicas, essas tendências significam:

  1. Aumento do volume de pacientes, especialmente entre crianças e idosos
  2. Prescrições mais complexas à medida que a miopia progride e a presbiopia se desenvolve
  3. Maiores expectativas em relação à tecnologia, serviço e conveniência
  4. Maior concorrência à medida que os retalhistas online e as grandes lojas expandem as suas ofertas óticas
  5. Necessidade de eficiência para atender mais pacientes sem sacrificar a qualidade ou esgotar a equipa

É aqui que os sistemas de gestão de consultórios deixam de ser opcionais e se tornam essenciais. A abordagem abrangente da Glasson — desde agendamento de consultas até documentação de exames, gestão de inventário e comunicação com os pacientes — garante que o seu consultório possa crescer de forma sustentável, mantendo o toque pessoal que mantém os pacientes fiéis.

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O que isto significa para as clínicas oftalmológicas

Estabelecemos que cerca de metade a três quartos das pessoas nos países desenvolvidos precisam de correção da visão, sendo os óculos a escolha dominante. Sabemos que a miopia está a aumentar exponencialmente nas crianças, que a presbiopia acaba por afetar quase todas as pessoas e que o acesso global continua a ser desigual. O que é que tudo isto significa realmente para a sua clínica numa terça-feira à tarde, quando a sala de espera está cheia?

Primeiro, o rastreio da saúde da população é mais importante do que nunca. Não está apenas a atender pacientes que sabem que precisam de óculos — está a identificar erros refrativos não diagnosticados, a acompanhar a progressão em jovens míopes e a detectar a presbiopia precoce. Cada interação com o paciente é uma oportunidade para evitar que os problemas de visão piorem por negligência.

Segundo, os cuidados oftalmológicos pediátricos já não são uma pequena parte da clínica oftalmológica. É uma área em crescimento que exige competências, equipamentos e comunicação especializados. Os pais estão preocupados com a miopia. Eles veem manchetes sobre o tempo de exposição a telas e atividades ao ar livre. Eles querem orientações baseadas em evidências, não apenas óculos mais fortes a cada ano. As clínicas que podem oferecer estratégias de controlo da miopia juntamente com a correção tradicional irão se diferenciar.

Terceiro, eficiência não significa economizar — significa atender bem a mais pessoas. Quando 75% da população local precisa de correção da visão, não faltam pacientes em potencial. A questão é se você consegue lidar com o volume. Longos tempos de espera, registos desorganizados, falta de estoque de prescrições comuns e falhas de comunicação afastam os pacientes. A plataforma integrada da Glasson aborda esses pontos críticos de forma sistemática, ajudando as clínicas a crescer sem perder a conexão pessoal que torna as clínicas oftalmológicas independentes especiais.

Quarto, os dados tornam-se a sua vantagem competitiva. Você tem informações sobre quais prescrições são comuns na sua comunidade, quais idades precisam de quais serviços, quando os pacientes normalmente precisam de atualizações, quais produtos vendem e quais ficam nas prateleiras. As ferramentas estatísticas da Glasson transformam essas informações em insights acionáveis, ajudando-o a tomar decisões mais inteligentes sobre tudo, desde pessoal até inventário e marketing.

Quinto, a comunicação mantém os pacientes envolvidos. Entre as consultas, a vida acontece. As crianças crescem, as receitas mudam, os óculos quebram. Lembretes automatizados e conteúdo educativo mantêm o seu consultório em destaque, reduzem o número de faltas e posicionam-no como um recurso confiável, em vez de apenas um lugar que as pessoas visitam a cada dois anos quando são absolutamente obrigadas.

As estatísticas que explorámos não são abstratas — são os seus pacientes, a sua comunidade, o seu negócio. Compreender estes padrões ajuda-o a atendê-los melhor, a crescer de forma mais sustentável e a construir um consultório que prospere à medida que as necessidades globais de correção da visão continuam a aumentar.

Análise global do mercado de óculos com visualização de dados em um mapa mundial

Perguntas frequentes

Que percentagem dos canadianos usa óculos graduados?

Entre 76% e 82% dos canadenses usam algum tipo de correção da visão, incluindo óculos graduados, óculos de leitura, óculos de sol graduados e lentes de contacto. Uma pesquisa do Estudo Longitudinal Canadense sobre Envelhecimento descobriu que 86% dos canadenses com idades entre 45 e 85 anos usam óculos ou lentes de contacto. Entre os usuários de óculos graduados especificamente, 48% fizeram uma compra no último ano, indicando um uso ativo e contínuo.

Quantas pessoas no Canadá usam óculos em comparação com lentes de contacto?

Os óculos superam significativamente as lentes de contacto no Canadá. Embora as proporções específicas não sejam medidas de forma definitiva, os dados de mercado e os padrões de compra sugerem que aproximadamente 60-65% dos canadenses usam óculos regularmente, enquanto apenas 10-15% usam lentes de contacto. As lentes de contacto enfrentam altas taxas de abandono — 47% dos novos usuários de lentes de contacto abandonam-nas nos primeiros dois meses. Além disso, 87% dos canadenses preferem comprar óculos em lojas físicas em vez de online, e 34% dos que experimentaram comprar óculos online voltaram às lojas físicas para a sua próxima compra.

Qual é a idade média dos utilizadores de óculos pela primeira vez no Canadá?

A faixa etária mais comum para quem usa óculos pela primeira vez é entre 6 e 12 anos. Uma pesquisa canadiana mostra que a prevalência de miopia é de apenas 6% entre crianças de 6 a 8 anos, mas salta drasticamente para 28,9% entre aquelas de 11 a 13 anos. Isso representa a janela crítica em que a maioria das crianças que precisam de óculos são diagnosticadas pela primeira vez. No entanto, alguns adultos descobrem problemas de visão mais tarde, particularmente por volta dos 40 anos, quando se desenvolve a presbiopia. Cerca de 16% dos canadianos tinham mais de 31 anos quando fizeram o seu primeiro exame oftalmológico, o que sugere um atraso na deteção em alguns casos.

Que percentagem da população mundial usa óculos?

Aproximadamente 4 mil milhões de pessoas em todo o mundo usam óculos graduados, o que representa cerca de 57% da população global. No entanto, esta percentagem varia drasticamente por região e nível de rendimento. Regiões de alta renda, como América do Norte, Europa Ocidental e Ásia Oriental, apresentam taxas entre 60% e 80%, enquanto a África Subsaariana apresenta apenas 27% a 30% de cobertura, apesar da necessidade subjacente semelhante de correção. A cobertura global efetiva de erros refrativos é de apenas 65,8%, o que significa que muitas pessoas que precisam de óculos não têm acesso a eles.

Qual a percentagem da população que usa óculos?

As percentagens da população variam significativamente por país e região. Os Estados Unidos apresentam 64% dos adultos usando óculos graduados (de um total de 75% que precisam de correção). O Japão lidera globalmente com 73,9%. A Suíça está com 67,7%, a Alemanha com 63,5% e a Bélgica com 70%. O Reino Unido apresenta 59%, enquanto a França apresenta apenas 29,5%. Em regiões em desenvolvimento, a percentagem de pessoas que usam óculos é muito menor, não porque menos pessoas precisam deles, mas porque o acesso é limitado. A Índia apresenta 29%, a África do Sul 14,6% e a África Subsaariana em geral cerca de 27-30%.

Por que razão as taxas de miopia estão a aumentar tão drasticamente nas crianças?

Vários fatores impulsionam a epidemia de miopia infantil. O aumento do tempo de exposição a ecrãs e do trabalho de perto (leitura, computadores, telemóveis) causa um foco prolongado de perto, o que parece desencadear um crescimento excessivo dos olhos. A redução do tempo ao ar livre elimina os efeitos protetores da exposição à luz natural brilhante e da visão à distância. A pandemia da COVID-19 acelerou essas tendências, com as crianças a passarem muito mais tempo dentro de casa durante os anos críticos de desenvolvimento. A predisposição genética desempenha um papel importante, particularmente nas populações do Leste Asiático, mas os fatores ambientais explicam por que as taxas triplicaram em apenas três décadas — muito rápido para ser apenas genética.

Mais mulheres ou homens usam óculos?

Globalmente e na maioria dos países desenvolvidos, um pouco mais de mulheres usam óculos do que homens. Nos Estados Unidos, 49% das mulheres usam apenas óculos, em comparação com 46% dos homens. No entanto, a diferença está diminuindo. A diferença mais significativa entre os sexos aparece na flexibilidade: 14% das mulheres alternam entre óculos e lentes de contacto, contra 10% dos homens, sugerindo que as mulheres veem a correção da visão como adaptável a diferentes situações. Em países em desenvolvimento com acesso limitado, as mulheres são desproporcionalmente menos propensas a usar óculos, apesar de precisarem deles — não devido à menor prevalência de erros refrativos, mas devido a barreiras económicas e sociais ao acesso aos cuidados oftalmológicos.

Qual é a diferença entre miopia e presbiopia?

Miopia (visão curta) significa que você vê objetos próximos com clareza, mas objetos distantes parecem embaçados. Ela geralmente se desenvolve na infância ou adolescência devido ao crescimento excessivo do globo ocular ou à curvatura excessiva da córnea. A presbiopia é a perda da capacidade de foco próximo relacionada à idade que afeta todas as pessoas eventualmente, geralmente começando por volta dos 40-45 anos. Ela ocorre porque o cristalino do olho se torna menos flexível e não consegue mudar de forma para focar em objetos próximos. É possível ter as duas condições simultaneamente — alguém que é míope desde a infância desenvolverá presbiopia na meia-idade e poderá precisar de óculos bifocais ou lentes progressivas.

Com que frequência devo substituir os meus óculos?

Os profissionais de saúde ocular geralmente recomendam exames oftalmológicos completos a cada um ou dois anos para adultos, com maior frequência para crianças com miopia progressiva e idosos com alterações na visão. Substitua os óculos quando a sua receita mudar, quando a armação se partir ou se tornar desconfortável, ou quando as lentes estiverem riscadas ou danificadas. Algumas pessoas com receitas estáveis mantêm os mesmos óculos durante vários anos. No entanto, dados canadianos mostram um ciclo médio de substituição de 24 meses, enquanto os americanos tendem a substituir os óculos com mais frequência — a cada 12-18 meses. A cobertura do seguro geralmente permite a substituição a cada um ou dois anos, o que pode ser uma boa orientação se a sua visão estiver a mudar.

Posso comprar óculos online com a mesma eficácia que na loja?

Os óculos online podem funcionar bem se tiver uma receita atual e precisa (incluindo a medição da distância pupilar) e compreender o tamanho e o ajuste da armação. No entanto, 87% dos canadianos preferem comprar óculos em lojas, e 34% dos que experimentaram a compra online voltaram às lojas físicas para comprar o seu próximo par. As compras em lojas físicas permitem um ajuste profissional, ajustes imediatos, verificação de que as lentes estão corretamente centradas para os seus olhos e assistência na seleção de armações que complementam o formato do seu rosto. Para receitas complexas (altas potências, lentes progressivas, correção de prisma), o ajuste pessoal é altamente recomendado. As opções online funcionam melhor para receitas simples e pares de reserva.

Todos acabarão por precisar de óculos?

Nem todos, mas a grande maioria sim. A presbiopia afeta 83-89% das pessoas com mais de 45 anos, por isso quase toda a gente acaba por precisar de óculos de leitura, mesmo que nunca tenha precisado de correção para a visão ao longe. Acrescente-se a isso a prevalência crescente da miopia (que agora afeta 1 em cada 3 crianças em todo o mundo) e a percentagem de pessoas que precisam de óculos continua a aumentar. Algumas pessoas mantêm uma visão excelente ao longo da vida — as estimativas sugerem que 15-25% nunca precisam de correção — mas são cada vez mais a exceção do que a regra.


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